Desde muito cedo, o esporte sempre esteve presente na minha vida.
Na infância e juventude, pratiquei várias modalidades: escolinha de futebol, voleibol, judô, karatê.
Já no final do ensino médio, entrei no boxe e no jiu-jítsu, práticas que segui por um bom tempo.
E o surfe — esse, em especial — foi mais do que um esporte: se tornou parte da minha filosofia de vida. Aos 16, 17 anos, eu e meus amigos pegávamos ônibus todos os finais de semana, durante o ano inteiro, para ir surfar.
O surfe se integrou à minha essência.

Mais tarde, também pratiquei stand-up paddle, atividade que mantenho até hoje, inclusive com a minha esposa.
Além disso, participei de provas de triatlo, incluindo IronMan e maratonas, experiências que exigiam resistência física extrema.
Dentro do triatlo, a corrida sempre teve um papel central para mim.
Até hoje, a corrida é essencial — ela me equilibra emocionalmente, me conecta com a minha natureza mais profunda.

Com o passar do tempo, embora eu também gostasse muito do ciclismo, a corrida e o stand-up se mantiveram como práticas constantes na minha rotina. E agora, eu e minha esposa estamos planejando incorporar novamente passeios mais longos de bicicleta nos finais de semana.

Ao longo dessa trajetória esportiva intensa, a alimentação sempre foi um ponto crucial.
Principalmente no triatlo de longa distância, onde a energia e a recuperação dependem diretamente da estratégia alimentar.
Eu sempre busquei uma alimentação natural, baseada em alimentos da natureza — nunca fui adepto de suplementações artificiais.
Apesar de testar várias dietas ao longo dos anos, sempre sentia que faltava algo. Nenhuma era completa para mim.

A Virada: Do Estudo à Aplicação

Em determinado momento da minha vida, precisei me afastar temporariamente do esporte.
Decidi mergulhar profundamente nos estudos: psicologia, desenvolvimento pessoal, filosofia de vida.
Passei um período vivendo na praia, absorvendo conhecimentos, buscando entender a mim mesmo e o mundo de forma mais ampla.

Foi um ciclo intenso de aprendizado e, naturalmente, nesse processo, acabei deixando de lado os cuidados físicos: parei de treinar, relaxei na alimentação e acabei ganhando peso.

Até que um dia, enquanto lia o Livro Vermelho de Jung — uma obra densa, que retrata o mergulho interior do autor — tive uma sensação muito clara.
Ao fechar o livro, percebi que encerrava também um ciclo dentro de mim:
A fase de apenas absorver conhecimento tinha terminado.
Era hora de aplicar tudo o que havia aprendido no mundo real.

Decidi que precisava levar aqueles conceitos para a prática.
Queria construir uma vida onde corpo, mente e propósito estivessem em harmonia, e sabia que o primeiro passo seria retomar o controle da minha saúde física.

E foi nesse momento que um desafio se apresentou com toda clareza:
Eu precisava de uma alimentação definitiva.

Uma alimentação que:

• Fosse simples, eficiente e natural;

• Funcionasse tanto para alta performance física quanto para o dia a dia;

• Liberasse espaço mental, sem a necessidade de pensar o tempo todo no que comer;

• Respeitasse princípios de eficiência de vida, e não apenas de saúde isolada.

A Concepção da Dieta Estoica

Foi então que, com base no conceito 360 — que eu já havia desenvolvido e aplicado em outras áreas da minha vida — decidi trazer essa visão também para a alimentação.

O conceito 360 nasceu de uma reflexão profunda:
Temos um tempo limitado de vida.
Cada escolha que fazemos, cada ação que tomamos, deveria ecoar de forma plena, reverberando 360 graus — não apenas dentro de nós mesmos, mas alcançando vários círculos concêntricos: nosso corpo, nossa mente, nossa família, nossa obra, e o mundo ao nosso redor.

Com essa consciência, eu sabia que minha alimentação não poderia ser apenas "saudável".
Ela precisava ser estrategicamente funcional, simples, potente e alinhada com esse princípio de reverberação integral.

Estudei, integrei conceitos alimentares, princípios naturais e estratégias práticas, até construir uma fórmula própria:
uma alimentação que liberta a mente, fortalece o corpo e sustenta a vida com propósito.

Assim nasceu a Dieta Estoica:
não apenas uma maneira de comer, mas a aplicação prática de um conceito de vida.

É importante dizer que, mesmo tendo praticado esportes a vida inteira e convivido com diversas formas de alimentação voltadas para performance, eu nunca havia pensado em compartilhar uma estratégia alimentar.
Sempre encarei a alimentação como algo pessoal, reservado à minha própria jornada.

Mas, quando formulei essa dieta — que hoje batizei de Dieta Estoica —, a história foi diferente.
A eficácia era tão clara, tão impactante, que senti naturalmente o impulso de dividir isso com outras pessoas.

Com o tempo, pessoas próximas começaram a adotar a alimentação que eu praticava — e logo perceberam os mesmos resultados:

• Emagrecimento natural, sem fome;

• Energia constante ao longo do dia;

• Disposição física e mental renovadas;

• Redução dos custos com alimentação, de forma simples e sustentável.

Mais tarde, quando conheci minha esposa, ela também decidiu experimentar essa forma de se alimentar — e obteve os mesmos benefícios.
A leveza digestiva, a energia estável e a liberdade mental que ela sentiu reforçaram ainda mais a certeza de que havia algo único nessa abordagem.

Muitos que passaram por essa experiência me incentivaram a dar um próximo passo:
"Você precisa ensinar isso para mais pessoas."
"Todos deveriam conhecer essa alimentação tão eficiente."

Foi ouvindo esses estímulos espontâneos — e, principalmente, vendo os resultados práticos acontecerem na vida de outras pessoas — que compreendi:
A Dieta Estoica não era apenas uma solução pessoal.
Era um caminho real para quem também buscava viver com mais energia, mais propósito e mais liberdade.

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